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Entre Cigarras, Formigas e Naufrágios (por Frega Jr)

 

Na casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão.
O barco não está só fazendo água, mas tem um rombo no casco irremediável. está indo à pique, a proa já afundou, está cheio d'água à meia nau.
Os ratos já saíram a nadar, tentam subir em algum destroço flutuante. O capitão (literalmente) mais abobalhado do que nunca, já vê as suas quatro linhas pelo monóculo. Quatro linhas das barras da cadeia. Os marechais, pouco afeitos a tempestades e maresias, já se mandaram pra terra firme há tempo. Pastores encomendam as almas em troco de algumas ofertas e votos.
O imediato piauiense, acostumado às águas placidas e conformadas do Parnaíba, foi atrás de um barco salva-vidas. Já o miniministro da minieconomia, assustado, gesticula em frenesi, gagueja em falsete.
E para complicar, botaram fogo no parquinho. Os bombeiros desistiram e o tetracandidato já se lança como líder da oposição, de olho em 2026. Será penta!!!
Parafraseando a formiga para a cigarra.
Afundaram o país? Pois nadem agora.

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