É somente um ser que quebrou cascas,
desnudou-se de armaduras.
Que brinca com palavras, diverte-se com métricas e rimas,
ou com a ausência delas.
Que aprendeu a linguagem do coração
e vive sentimentos exacerbados,
tão intensamente, a ponto de transbordarem
em tinta e papel.
Ou em teclados.
Poeta vê espinhos nas flores, flores nos espinhos,
quereres nos não quereres,
sempre haverá espaço para os sonhos.
Enquanto os quereres não se limitarem pelos poderes
haverá sonho em vida nos não-quereres.
Não quero me levar a sério a ponto de esquecer o riso,
nem permitir que as nuvens acinzentem as flores.
Não quero o medo de me expor, de dançar ou chorar,
nem de impedir que a vida toque sua sinfonia.
Não quero temer o amar, o perdão, a cura e a dor,
pois o contrário de medo não é coragem.
É amor.
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