Na semana passada, um intruso entrou na casa da lider democrata na Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, com um martelo na mão, chamando pelo nome dela. Ela não estava. O marido estava. O intruso deu algumas marteladas na cabeça dele, que baixou ao hospital em perigo de vida.
Nesta semana, houve tentativa de assassínio do ex-líder do Paquistão, Imran Khan. Semanas atrás, em Buenos Aires, surge um homem numa multidao e tenta dar um tiro no rosto da vice-presidente argentina Christina Kirchner.
Em julho, o ex-primeiro-ministro japonês Shinjo Abe foi assassinado. No ano passado, o presidente haitiano também foi assassinado.
O Washington Post liga esses atos de violencia e pergunta se o mundo da política entrou numa nova fase de terrorismo - matam-se os líderes. Na verdade, não é novidade. O presidente americano John Kennedy, seu irmão Robert e o líder negro Martin Luther King foram também assassinados. Ronald Reagan quase morreu, vítima de bala assassina.
Às vezes é o chamado lobo solitário, que tenta matar. Outras vezes é o governo israelense, especializado em matar líder palestino. Outras vezes é o governo americano, que mata o general iraniano Suleiman com uma bomba numa estrada.
Aqui no Brasil, o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo se faz de vítima de atentado fajuto para faturar politicamente. Não colou. Mas o atentado a facada sem sangue funcionou para eleger Jair Bolsonaro quatro anos atrás.
Difícil ver uma linha coerente nessa sucessão de fatos. Um não tem necessariamente a ver com o outro. Mas todos juntos parecem indicar uma providência importante: ficar espertos. Nunca se sabe.
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