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Providência Importante: fiquem espertos (por Roberto Garcia)


Na semana passada, um intruso entrou na casa da lider democrata na Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, com um martelo na mão, chamando pelo nome dela. Ela não estava. O marido estava. O intruso deu algumas marteladas na cabeça dele, que baixou ao hospital em perigo de vida.

Nesta semana, houve tentativa de assassínio do ex-líder do Paquistão, Imran Khan. Semanas atrás, em Buenos Aires, surge um homem numa multidao e tenta dar um tiro no rosto da vice-presidente argentina Christina Kirchner.

Em julho, o ex-primeiro-ministro japonês Shinjo Abe foi assassinado. No ano passado, o presidente haitiano também foi assassinado.

O Washington Post liga esses atos de violencia e pergunta se o mundo da política entrou numa nova fase de terrorismo - matam-se os líderes. Na verdade, não é novidade. O presidente americano John Kennedy, seu irmão Robert e o líder negro Martin Luther King foram também assassinados. Ronald Reagan quase morreu, vítima de bala assassina.
Às vezes é o chamado lobo solitário, que tenta matar. Outras vezes é o governo israelense, especializado em matar líder palestino. Outras vezes é o governo americano, que mata o general iraniano Suleiman com uma bomba numa estrada.
Aqui no Brasil, o candidato bolsonarista ao governo de São Paulo se faz de vítima de atentado fajuto para faturar politicamente. Não colou. Mas o atentado a facada sem sangue funcionou para eleger Jair Bolsonaro quatro anos atrás.
Difícil ver uma linha coerente nessa sucessão de fatos. Um não tem necessariamente a ver com o outro. Mas todos juntos parecem indicar uma providência importante: ficar espertos. Nunca se sabe.

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