Teve até quem disse que a vida do ser humano ia aumentar, muitos anos a mais, adiar a morte, sabe lá, viver pra sempre. Os cientistas já conseguiram multiplicar por duas, três vezes, até cinco, o período de vida de uns bichinhos menores. Fazer a mesma coisa com homem, mulher, daqui a alguns anos, ia ser possível. As esperanças aumentavam. Até eu, velhinho, comecei a ficar animado.
Mas veio a pandemia. Agora os resultados. A taxa de esperança de vida caiu. Em vez de aumentar, diminuiu. Agora os pessimistas estão dizendo que pode cair de vez. As geleiras estão degelando, virando água. As florestas com buracos cada vez maiores. O que era verde está virando savana. Até a alface, o tomate que comemos, estão envenenados. Isso mata os bichinhos, que envenenam os que comem os bichinhos, os bichos grandes comem os pequenos. Até baleia no mar, já detectaram, tem veneno em suas gorduras.
As guerras, que muitos acharam que iam acabar, estão durando. Tem guerra nova, na Ucrânia, nem os mais hábeis cientistas sociais conseguem parar.
Tem país avançado que vive da guerra. Seu produto principal são as bombas. Vive disso.
Tem aqui, deste lado, um rapaz que se elegeu fazendo arminha. Disse que era preciso metralhar opositores. Mesmo assim foi eleito. Acharam que ele estava brincando. Na pandemia, morreram setecentas mil pessoas. Enquanto isso, ele ria.
Se esse pessoal não cria juízo ele fica mais, para completar o serviço. Os que dizem que não querem pouco fazem. Só tem dois candidatos pra valer. O resto é detalhe, gente que se acha, espera milagre. Milagre não tem, não existe. A eleição está aí. Chega de ilusão. Tem que parar de brincar, na beira do abismo.
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