Pular para o conteúdo principal

Vai Dar Certo (por Roberto Garcia)

A geopolítica vai mudar se Lula ganhar. Um pais que já faz algum tempo está ausente vai ocupar de novo seu espaço. Como é um país grande, o quinto em território, mais de duzentos milhões de população, rico em quase tudo, inclusive num povo generoso, cada vez melhor educado e consciente, vai fazer diferença.

Não será um pária, visto com desconfiança, rejeitado por meio mundo. Vai ser parceiro da maior organização de grandes nações, os BRICS, que terá logo ainda mais membros, todos decididos a exercer com força o seu peso nas decisões deste mundo.
Vamos ser convidados e convidar, teremos voz ativa na discussão dos maiores temas, influir nas decisões. Em vez de ficar com o rabo entre as pernas, inibidos e envergonhados, nossos representantes serão procurados para opinar. Em vez de receber projeto de resolução pronto sem poder para mudar, tendo que aceitar imposição, nós é que vamos participar da elaboração. Nada vai sair sem nós nas conferências.
Nosso presidente não será o joão-ninguém sempre dizendo besteira, fazendo todo mundo rir. Vamos ter um líder de visão, com capacidade de forçar discussão para o que realmente interessa aos povos do planeta. Chega de enrolação, precisamos de direção e o Brasil vai apontar.
Nas eleições que se aproximam, não tem outro candidato que chegue aos pés. O que está na liderança nas pesquisas e certamente vai ganhar, já provou que sabe, tem capacidade, não precisa aprender. Sua equipe é boa, competente, muito experiente.
Sóbrio, sem achar que pode mandar, consciente de seu lugar, ele vai poder falar com propriedade. Difícil imaginar agora as possibilidades novas, as portas que vão se abrir.
Em vez de ficar enrustidos, hesitantes em se expor, nossos melhores quadros vão se abrir. Nossa burocracia, que é vasta, preparada, sabe seu caminho. Vai ser estimulada a agir de acordo com os interesses da maioria. Nenhum posto ipiranga para fazer reformas que oprimam, inibam, intimidem, para servir oportunistas.
A classe política do Brasil pode ser melhor. Se for orientada para essa direção. Nosso país vai encontrar seu destino, em vez do caos tem grandeza. Podemos fazer disto uma nação que cresce sem destruir. Vai ser melhor, acredite. Vamos tomar a decisão certa, na urna eletrônica, que não vai mais ser contestada. Sem ilusões, vamos cair na real. Vai dar certo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Diferença Está na Diferença (por Roberto Garcia)

Sempre tive um debate comigo mesmo. Tudo em segredo. Escondido entre as certezas que eu exibia, para não complicar demais e continuar a funcionar numa sociedade complexa que me era adversa. Partia daquela asserção ideológica segundo a qual tudo era igual. Os dois partidos na política externa americana eram não só iguais mas, à sua maneira, um era pior do que outro. Um - os democratas - inicia as guerras, faz maldades contra a humanidade, bombardeia e mata gente como se fosse rato. O outro - os republicanos - continua matando, faz as mesmas maldades mas, num determinado momento, acaba com a guerra. Outra começa logo ali adiante. E a vida continua. Você fala com eles, os dois, indistintamente, conhece a mulher, o marido, seus filhos brincam com os deles, encontra na fila do cinema ou no mercado e diz "oi, tudo bem, "como está". Ele está do outro lado da rua, é seu vizinho, acaba cruzando toda hora. Se você leva seu filho no sábado ou domingo pra jogar futebol é com ele...

O Sábio e o Ambientalismo Popular (por Geraldo Varjabedian - ativista independente)

  Deixemos de lado a discussão sobre emissões de carbono, prognósticos em graus Farenheit, números da devastação amazônica, centímetros ou dezenas de centímetros supostos para transbordamentos oceânicos; ondas de calor, de frio, inundações, ciclones, demais extremos climáticos e outros pontos altos que serão anunciados em tom grave, no próximo ato da ópera climática - a COP 27. Dada a gravidade do que vem por aí – segundo recentes termos do próprio IPCC -, o mundo já deveria estar bem além da renovação burocrática dos votos de transformação urgente do capEtalismo em coisa distinta do que é. Mas é previsível que, além de postergar recomendações mais convincentes para conferências futuras, a 27ª cúpula global do clima, em novembro, no Egito, reitere que o Brasil é, hoje, um país de alheios à pauta e refém de interesses bem avessos, dentro e fora de suas fronteiras. O ecocida, ditador eleito que representará nosso país na conferência é altamente competente em mentiras e tem ampla...

Debates sem Bater (por Frega Jr)

Tivemos ontem o segundo debate televisionado nesta campanha presidencial. Se o primeiro já foi ruim, o de ontem foi um desastre tragicômico. Não, não é culpa do Carlos Nascimento, mediador, um jornalista experiente e com credibilidade. Nem culpa dos demais jornalistas dos demais órgãos da imprensa, que participou em pool. Virou tudo uma palhaçada sem graça, uma tragédia sem dramas, um churrasco sem sal ou uma cerveja morna. Uma chatice só e nada contributivo ao esclarecimento para o voto. A culpa não é dos organizadores e nem do veículo. A culpa é do modelo. Pela quantidade de participantes, ganha a amplitude, perde a profundidade. Em ciclo de perguntas cruzadas, que só servem para levantar a bola numa tréplica ou acusar algum adversário, parece mais uma programação bufa. Os Trapalhões fariam melhor, até o repetido ad nauseam Chavez prenderia mais atenção. Claro, os participantes também não ajudam, repisam as mesmas falas, o mesmo roteiro, as mesmas promessas, as mesmas mentiras. Ne...