O Ministério da Defesa (provavelmente ele) plantou uma informação de que teria ficado agastado com a decisão do STF pela recusa de ser-lhe dado tratamento diferenciado das outras entidades fiscalizadoras por ocasião da apuração.
Continuam com o discurso monocórdio de se colocar como fiador cívico, de fiscal último, de instituição com protagonismo cidadão. Estão errados. O uso do cachimbo entorta a boca, define o ditado popular. Pois não somente entortou a boca, mas enviesou, entortou e comprometeu a própria vida democrática nacional. A sucessão de golpes, tentativas, insubordinações corporativas, ameaças etc é capaz de preencher várias folhas de papel almaço.
Decididamente não pode ser permitido às forças de defesas nacionais interferirem em qualquer assunto fora de sua missão constitucional. Submete-se necessariamente, para o bem de todos e felicidade geral da Nação, ao poder civil.
Sempre pensei assim? Não. Já aconteceu de eu achar que poderiam ter um papel institucional em tempo se paz. Hoje não mais. Desde o melhor entendimento do que foi o golpe de 1964 e como nos comprometeu em estabilidade futura - por muitas décadas ainda colheremos alguns fruto podres - não mais.
A corporação é, é tem que ser mesmo, fundada na disciplina e hierarquia. Até esses fundamentos são adaptados, apresentam configurações diferentes a cada força, conforme sua própria características. Mas permanecem como fundamentos. Já a política em um Estado Democrático de Direito é estruturada na divergência e diálogo. Por isso a incompatibilidade das corporações armadas com a política, com a formulação e gestão democrática de políticas públicas fora de suas competências e formações específicas.
É simples a razão, pode ser reduzida a duas frases. Quem é formado na hierarquia não compõe Quem é formado na disciplina não dialoga.
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