Lula venceu, é inquestionável. Mas Bolsonaro perdeu? Reflexões sobre a conjuntura sócio-política frente ao predomínio das redes sociais como maior fator nunca até hoje visto para a comunicação de massa. Ainda que a História se repita, seus efeitos serão os mesmos num mundo multipolar e de interrelações personalizadas, com direito a bolhas identitárias quebrando conceitos, pulverizando fronteiras, fortalecendo preconceitos? Uma tentativa de sistematizar os últimos movimentos pós-eleitorais e de prospecção de futuro próximo. Opúsculo disponível em https://drive.google.com/file/d/1WuzlMdWUb9vZ5svzWWCjl-aRbOjGXfUC/view?usp=share_link
Lula venceu a eleição. Isso já aparenta estar pacificado, a turba desordeira tende a reduzir seu frenesi passada já uma semana, já cumpriu o papel determinado de gerar instabilidades. Ainda há questões pendentes, o MP e o Judiciário precisarão se debruçar sobre as responsabilidades pelos atos antidemocráticos inconstitucionais, não como perseguição, mas como prevenção contra a recidivas de baderneiros e insensatos que ficam a pregar golpe de estado. Esses não têm decência e nem nunca terão. A questão maior é, figurativamente, o dia seguinte. Vou admitir que os lobos solitários, viúvos dos mentores das desordens e arruaças não tenham sucesso em suas pulsões terroristas, quiçá homicidas. Passo por cima porque seria um fator tão grande de desestabilização a ponto de tornar imprevisível qualquer cenário. Que pode explodir como reação em cadeia, seja de apatia, seja de selvageria. Vou partir, portanto, do princípio que Lula assuma o governo normalmente e materialize as composições necessá