Está chegando o dia. Sete de Setembro está logo ali. Muita curiosidade sobre o que vai acontecer. Jair e sua tropa esperavam fazer a virada. Acabar com essa tal de democracia, coisa boba, alternância de poder, dar ao cidadão comum o direito de escolher quem vai governá-lo. Isso é o que ele pensava. E planejava. Bota esforço nisso. O que ele teve de segurar de guidon de moto, aguentar barulheira, misturar-se com aquele povaréu entusiasmado mas que, no fundo, é um bando de chatos. Nem se fale das conversas sopradas ao pé de ouvido, tapando a frente da boca, pra que ninguém usasse essas técnicas para advinham o que diziam. Na verdade ele sempre preferiu bater esses papos mais delicados fora de casa, num gramado, longe de ouvidos curiosos. Foi assim que ele combinou com a trinca de generais mais fiéis, gente velha, mais experiente. Os que já apertaram o gatilho muitas vezes e mandaram que outros apertassem, sem dó, nem piedade. Eles o estimularam. Acharam que dava. Fazendo uma barulheira,